Me foi pedido que escrevesse. Estava pensando no que escrever. Eu precisava escrever. O dia foi terrível. E por saber que haveria muita coisa pesada para carregar nos dias que ainda estão por vir e por ter a cabeça atormentada por muitos problemas, não conseguia focar. Não me ocorria nada. Nenhuma ideia. Nenhum lampejo sequer. Olhava, então, para a folha em branco – sem letras, sem poesia, sem histórias, sem reflexões, sem ideias, sem uma linha escrita. Apenas a luz do monitor ferindo meus olhos.
Uma folha em branco a espera de ser escrita. Reclamando a letra, a palavra sobre seu espaço. Reclamando ser preenchida. Reclamando ser realizada. Pois, só o texto realiza o papel. É que o espaço branco da página só tem sentido quando escrito. Então, pensei: E se essa folha em branco estivesse viva, o que teria a dizer? E se essa folha em branco fosse a própria vida? E se fosse a minha vida?
Se hoje toda a história de minha vida não passasse de uma folha em branco, que nova história eu escreveria nela? Seria capaz de escrever algo novo? Ao menos algo que valesse ser escrito?
Todo novo dia é como uma folha em branco. Uma nova página. É como uma nova oportunidade de escrever algo que possa mudar a minha própria história.
O que eu tenho escrito nas páginas de minha vida? Que história eu tenho contado?
Percebo que mesmo um conto de terror pode ser transformado em uma novela encantadora ou em uma fábula. Somos, cada um, agentes de transformação de nós mesmos. E transformando a nossa própria história, transformamos as histórias dos outros.
Somos personagens da trama de outros romances, outras novelas. Somos personagens das analogias e parábolas dos que escrevem sobre filosofia e fé. Somos personagens das fábulas infantis de nossos sobrinhos, filhos e netos. Somos seus heróis. Mas quanto heroísmo há em nós?
Que personagem somos em nossa vida? Será que eu tenho sido o herói ou o vilão em minha história? E ser vilão de si mesmo é de uma estupidez sem tamanho!
Eu não tenho as respostas. Eu tenho as perguntas.
Eu tenho tentado escrever um conto que tenha um final feliz. Tenho buscado criar uma história com um mocinho virtuoso: engraçado, honesto, valente etc., mas que apresenta também seus defeitos de composição. Esse é um fato inescapável – falhamos. Mas viveremos de falhas?
Diante desta página em branco que aos poucos se tinge de preto, marcada por cada letra escrita, penso no que devo dizer. Penso no que devo escrever. Sobre mim? Sobre outrem? O que dizer?
Talvez um conto. Poderia ser uma crônica. Quiçá um artigo.
Sei que nesta página em branco não quero escrever dogmas. Não quero escrever restrições, nem preconceitos ou desrespeito a quem quer que seja. Nenhuma razão me daria razão para isso.
Não quero ser responsável por um tratado anarquista ou por uma doutrina sectária. Tampouco quero ser um texto que instrui a desumanidade, que doutrina ao ódio entre iguais ou que prega a superioridade de alguns.
Quero escrever liberdade. Quero escrever razões e emoções que me ponham puro, em algum sentido. Quero escrever amor, respeito, mansidão, compreensão. Quero escrever alegria e vida. Quero que na página em branco deste momento seja escrito algo que transcenda as impressões poéticas, as conjecturas mais filosóficas, os gozos espirituais... Quero escrever uma história que seja mítica – no sentido restrito da palavra. Será que consigo? Será que posso ser um livro de páginas inspiradoras? Será que posso ser um personagem que sirva de modelo? Um que traga aos corações bons sentimentos, às mentes boas ideias e à vida grandes atitudes?
Não quero ser ou ter as respostas. Quero escrever questões. Sobretudo, estas: Que história você tem escrito? Quem é a sua personagem na história de teus irmãos, herói ou vilão? A tua história é para ser lida por todos, em qualquer lugar ou apenas por intelectuais, doutores, empresários ou grandes líderes?
Autor: Elton Carvalhal.
Confira outros escritos no seu blog pessoal, http://eltoncarvalhal.blogspot.com/.
Uma folha em branco a espera de ser escrita. Reclamando a letra, a palavra sobre seu espaço. Reclamando ser preenchida. Reclamando ser realizada. Pois, só o texto realiza o papel. É que o espaço branco da página só tem sentido quando escrito. Então, pensei: E se essa folha em branco estivesse viva, o que teria a dizer? E se essa folha em branco fosse a própria vida? E se fosse a minha vida?
Se hoje toda a história de minha vida não passasse de uma folha em branco, que nova história eu escreveria nela? Seria capaz de escrever algo novo? Ao menos algo que valesse ser escrito?
Todo novo dia é como uma folha em branco. Uma nova página. É como uma nova oportunidade de escrever algo que possa mudar a minha própria história.
O que eu tenho escrito nas páginas de minha vida? Que história eu tenho contado?
Percebo que mesmo um conto de terror pode ser transformado em uma novela encantadora ou em uma fábula. Somos, cada um, agentes de transformação de nós mesmos. E transformando a nossa própria história, transformamos as histórias dos outros.
Somos personagens da trama de outros romances, outras novelas. Somos personagens das analogias e parábolas dos que escrevem sobre filosofia e fé. Somos personagens das fábulas infantis de nossos sobrinhos, filhos e netos. Somos seus heróis. Mas quanto heroísmo há em nós?
Que personagem somos em nossa vida? Será que eu tenho sido o herói ou o vilão em minha história? E ser vilão de si mesmo é de uma estupidez sem tamanho!
Eu não tenho as respostas. Eu tenho as perguntas.
Eu tenho tentado escrever um conto que tenha um final feliz. Tenho buscado criar uma história com um mocinho virtuoso: engraçado, honesto, valente etc., mas que apresenta também seus defeitos de composição. Esse é um fato inescapável – falhamos. Mas viveremos de falhas?
Diante desta página em branco que aos poucos se tinge de preto, marcada por cada letra escrita, penso no que devo dizer. Penso no que devo escrever. Sobre mim? Sobre outrem? O que dizer?
Talvez um conto. Poderia ser uma crônica. Quiçá um artigo.
Sei que nesta página em branco não quero escrever dogmas. Não quero escrever restrições, nem preconceitos ou desrespeito a quem quer que seja. Nenhuma razão me daria razão para isso.
Não quero ser responsável por um tratado anarquista ou por uma doutrina sectária. Tampouco quero ser um texto que instrui a desumanidade, que doutrina ao ódio entre iguais ou que prega a superioridade de alguns.
Quero escrever liberdade. Quero escrever razões e emoções que me ponham puro, em algum sentido. Quero escrever amor, respeito, mansidão, compreensão. Quero escrever alegria e vida. Quero que na página em branco deste momento seja escrito algo que transcenda as impressões poéticas, as conjecturas mais filosóficas, os gozos espirituais... Quero escrever uma história que seja mítica – no sentido restrito da palavra. Será que consigo? Será que posso ser um livro de páginas inspiradoras? Será que posso ser um personagem que sirva de modelo? Um que traga aos corações bons sentimentos, às mentes boas ideias e à vida grandes atitudes?
Não quero ser ou ter as respostas. Quero escrever questões. Sobretudo, estas: Que história você tem escrito? Quem é a sua personagem na história de teus irmãos, herói ou vilão? A tua história é para ser lida por todos, em qualquer lugar ou apenas por intelectuais, doutores, empresários ou grandes líderes?
Autor: Elton Carvalhal.
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